Você está na arquibancada assistindo um jogo de vôlei, conheces as regras e tens posição opiniática sobre o desempenho de cada jogador na quadra, mas se entras na quadra tudo muda de figura. Na quadra não é mais sua vida e sim parte da sua vida chamada existência, tomarás atitudes e seguirá regras ilusórias para sua vida, mas reais para a ilusão do jogo. Dentro da quadra tens o objetivo de melhorar seu desempenho, angariar vitórias em cada lance, mas tens que lidar com você mesmo, com suas limitações; com os que estão ao seu lado; com os que estão contra você; com todo o meio que se relaciona; com as próprias regras limitantes do jogo da existência; além disto terás na platéia aqueles que te apóiam o incentivando, e aqueles que te agridem com ofensas e desestímulos. Pense nisto, veja sua existência como um jogo com regras estranhas à sua vida, e muitas vezes ocorrem exigências que não são regras, mas que os participantes do jogo, a sociedade corrompida, criou. É até ridículo se imaginar que alguém pode participar do jogo atrelado a outro, mas a sociedade cria tal engano. Mesmo tendo um parceiro mais próximo, ambos tem de realizar seus próprios movimentos, suas próprias ações, enfim, a individualidade é importante, mas temos que aprender a jogar em equipe, isto não quer dizer que deixamos de ser indivíduos, mas sim que contribuiremos na equipe, mesmo sendo um casal, com o que nós somos e nunca depender do que o outro é.