A maioria da humanidade está como no fundo de uma vala, preocupados com o que iram vestir e comer, buscando o prazer para se alienarem, dedicando seus ânimos a futilidades como o time de futebol, o/a artista, a novela, etc.. Alguns, despertando das atitudes massificadas, buscam escalar as laterais, esforço decorrente do sentimento de nulidade em que se encontram. Boa parte desses escorregam e voltam ao fundo, quando percebem que não há o êxtase que criam encontrar. Quem chega na beirada descobre que o horizonte agora é maior e mais distante. Grande parte perde o ânimo e se volta de novo para o fundo, em estado pior que os demais. Quem saiu da vala chama pelos outros, mas poucos querem ouvir, e desses a grande parte faz questão de não acreditar e até hostilizar quem fala. Dos que saíram, ao caminharem, e vendo a distância a percorrer, desistem e retornam à vala, ou se perdem pelos caminhos presos somente a estética ou de suas situações sociais de poder. Os que seguiram buscam subir à montanha, pois de lá de cima poderão divisar seus objetivos, mas o que descobrem é que o horizonte é muito mais extenso e muito mais distante, no entanto, depois de tanto que seguiram, a melhor alternativa é seguir adiante.